A proteção infanto-juvenil no campo é uma das bandeiras de luta do MSTTR, que busca sensibilizar dirigentes, lideranças e assessorias sindicais com o objetivo de identificar os principais limites e potencialidades para a garantia, promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes do campo.

Também é papel do MSTTR participar de espaços de debate, articulação, mobilização e elaboração de políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos das crianças e adolescentes do campo à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Um dos principais debates no âmbito da proteção infanto-juvenil no campo é o trabalho infantil na agricultura familiar. O amor e o respeito à terra são sentimentos adquiridos desde a mais tenra idade e vão se consolidando no decorrer da vida. Entretanto, garantir a proteção infanto-juvenil e, ao mesmo tempo, permitir que estes possam aprender a serem sujeitos do campo é um desafio que o MSTTR enfrenta. Neste sentido, a educação para a vida no campo contribui para o fortalecimento da identidade de sujeito do campo, contribuindo e estimulando a sucessão na agricultura familiar e a permanência no campo. O dilema é como fazer esta educação sem expor a criança e o adolescente a riscos ou prejuízos ao seu desenvolvimento físico, social, moral e mental.

Para o MSTTR, a violação dos direitos das crianças e adolescentes do campo não se caracteriza somente pela presença de trabalho infantil, mas por diversos outros fatores, tais como a ausência de políticas públicas, o isolamento geográfico, o desenvolvimento desigual entre campo e cidade e o desconhecimento da importância da proteção infanto-juvenil para a garantia de um desenvolvimento rural sustentável.